domingo, 3 de outubro de 2010
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Reflexões que constróem meu trabalho
As atitudes e cenas mais bonitas ou cruéis que eu fiz, ninguém viu. Sou a única platéia do teatro de minha vida.
Sou o expectador da minha dor. E ainda assim ás vezes, ela me parece falsa.
O teatro não pode ter preconceitos. Para uma cena ser feita, tem de ser experimentadas todas as possibilidades possiveis e impossiveis, sem pudores hipócritas.
Não existe religião no teatro e sim, a religião do teatro.
Igualdade!!!!!!!!!
Besteira!!!!!!!!!!!
Não existe igualdade! Imaginem que mundo chato todos iguais. Todos medianos. Nenhuma genialidade. Viva a desigualdade!!!!!!!!
Sou o expectador da minha dor. E ainda assim ás vezes, ela me parece falsa.
O teatro não pode ter preconceitos. Para uma cena ser feita, tem de ser experimentadas todas as possibilidades possiveis e impossiveis, sem pudores hipócritas.
Não existe religião no teatro e sim, a religião do teatro.
Igualdade!!!!!!!!!
Besteira!!!!!!!!!!!
Não existe igualdade! Imaginem que mundo chato todos iguais. Todos medianos. Nenhuma genialidade. Viva a desigualdade!!!!!!!!
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Sou um
"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. E, por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso." (Edward Everett Hale)
quarta-feira, 22 de abril de 2009
filmes que não se esquecem!!!!!!!!!!!!!!
Freaks
clube da luta
Clockwork Orange
Salo 120 días de Sodoma
clube da luta
Clockwork Orange
Salo 120 días de Sodoma
sábado, 18 de abril de 2009
Teatro da Crueldade
Teatro da crueldade
Antonin Artaud (1896 1948) foi considerado um louco visionário do teatro surrealista, que apesar de ter morrido sem ver muito suas teorias realizadas na pratica, influenciou vários teatrólogos que o sucederam, entre eles, Jerzy Grotowski, cujas teorias deram origem ao Teatro Pobre e Peter Brook. Ate o surgimento do mito Artaud, eram considerados pilares de sustentação teatral, o russo Stanislavski e o alemao Brecht, que propuseram formas diferenciadas de atuar. Já o frances Artaud possuía grandes pretensões a respeito de sua arte. Junto com Roger Aron, foi um dos primeiros diretores surrealistas, com a proposta de contestar o teatro naturalista, principalmente o frances, que se mostrava muito retórico e paradigmatico. Artaud pregava o uso de elementos mágicos que hipnotizassem o espectador, sem que fosse necessária a utilização de diálogos. Antonin Artaud os personagens, e sim muita musica, danças, gritos, sombras, iluminação forte e expressão corporal, que comunicariam ao publico a mensagem, reproduzindo no palco os sonhos e os mistérios da alma humana. Artaud era incisivo ao abordar suas concepções teatrais: O teatro e igual a peste porque, como ela, e a manifestação, a exteriorização de um fundo de crueldade latente pelo qual se localizam num individuo ou numa população todas as maldosas possibilidades da alma. Assim, surgiu o nome de sua teoria, o Teatro da Crueldade, que sofreu grande influencia do teatro oriental, principalmente o balinês. Em seu livro O Teatro e Seu Duplo, o teatrólogo reafirma seu descontentamento com o teatro europeu, denunciando a perda do caráter primitivo do teatro como cerimônia, avaliando o teatro oriental como original, ressaltando que esse manteve seu aspecto cultural milenar, sem interferência, constituído pelos temas religiosos e místicos, numa confraria que propõe principalmente saudar o desconhecido e constituir um universo ingênuo que não busque a explicação e a psicologia, como no teatro ocidental, e sim uma perspectiva pessoal a respeito do mundo. O que incomodava fortemente o teatrólogo era a exposição da arte relativa à comercialização, onde os atores e os diretores seguiam fielmente um texto a fim de conseguir uma perfeita equação, que segundo Artaud era antipoetico e um teatro de invertidos comerciantes. Artaud criticava abertamente a expressão corporal subordinada ao texto, pois achava ser inútil os músculos se movimentarem em detrimento da emoção superficial, de maneira sistemática, como mascaras gregas, procurando fazer o mais fácil, que e imitar, reproduzir sem maiores resoluções o tema abordado e sua subjetividade sem buscar um aprofundamento maior. Tudo em prol do superficial, do rápido, do fácil e do lucrativo. Hoje reconhecido como um profeta do teatro, Artaud deflagrou a Indústria Cultural no teatro, alem de questionar o teatro discursivo. Porem, esse reconhecimento só veio apos a sua morte. Em vida, Artaud nao conseguiu por em pratica grande parte de suas teorias, pretensiosas demais para a época e muito paradoxal. Porem, como ensaio serviu para dar outro panorama a arte dramática, permitindo assim que se abrisse um paralelo, uma porta que serve como alternativa, como ritual de confrontação para as técnicas clássicas, que mantinham normas milenares sem nenhuma contestação. Artaud como um dos percursores do Surrealismo, pode inserir esse gênero na arte dramática, alem de sugerir maior inovação e arrojo nas obras de arte, seja ela pintura, arquitetura, dança, composição, musica, etc. Antes mesmo da segunda guerra o mundo estava muito dividido em relação ao comunismo e, por outro lado, a sombra do fascismo pairava sobre a Europa. A Escola de Frankfurt, que tinha em Walter Benjamin (1892 1940), seu principal e mais radical teórico, foi responsável por combater a chamada Indústria Cultural, buscando impor antes, durante e depois da Segunda Guerra, as suas teorias marxistas, tendo como objeto de estudo a arte de países capitalistas, que e encarada como produto. Alem de Benjamin, outros três grandes teóricos se destacaram: Max Horkheimer (1895 1973), Theodor Adorno (1903 1969) e Jrge Habermans (1929 - ), que elaboraram, primeiramente durante a crise alemã, indigestas teorias a respeito da manipulação da comunicação na Europa, principalmente na Alemanha, onde o nazismo conquistava cada vez mais votos contra os comunistas. Os quatro foram caçados pela Gestapo (policia alemã), o que culminou no suicídio de Walter Benjamin em 1940. Por ser da mesma época e viver os mesmos ares de uma Europa em crise, Artaud com certeza sofreu grandes influencias da Escola de Frankfurt, de forma que algumas de suas teorias se aproximam bastante ao que propôs Benjamin. Esse teórico era contra a utilização desenfreada da arte em prol da capitalização, o que, segundo ele, desgastava a importância da obra. Adorno, apesar de também criticar, buscou ver o lado positivo da comercialização da arte, alegando que a divulgação estreita os laços da obra artística com a sociedade. Porem Adorno rechaça a utilização da obra como um bem particular, afirmando que tal prestigio impede que toda a sociedade manifeste interesse por uma obra. Hockheimer concorda e alega que as diferenças sociais impedem que o publico se aproxime de uma obra original e sim de copias e criações voltadas para o faturamento de riquezas, transformando a cultura em um bom produto para venda, manipuladas pelo marketing, subordinado a moda vigente, com uma demanda limitada do publico mais rico. Segundo manifesto do teatro da crueldade, de Antonin Artaud "Admitido ou não admitido, consciente ou inconsciente, o estado poético, um estado transcendente de vida, no fundo é aquilo que o público procura através do amor, do crime, das drogas, da guerra ou da insurreio. O Teatro da Crueldade foi criado para devolver ao teatro a noção de uma vida apaixonada e convulsa; e neste sentido de rigor violento, de condensão extrema dos elementos cínicos, que se deve entender a crueldade sobre a qual ele pretende se apoiar. Esta crueldade, tem que ser, quando necessária, sangrenta.O Teatro da Crueldade escolhe assuntos e temas que correspondam a agitação e inquietude característica de nossa época.
Antonin Artaud (1896 1948) foi considerado um louco visionário do teatro surrealista, que apesar de ter morrido sem ver muito suas teorias realizadas na pratica, influenciou vários teatrólogos que o sucederam, entre eles, Jerzy Grotowski, cujas teorias deram origem ao Teatro Pobre e Peter Brook. Ate o surgimento do mito Artaud, eram considerados pilares de sustentação teatral, o russo Stanislavski e o alemao Brecht, que propuseram formas diferenciadas de atuar. Já o frances Artaud possuía grandes pretensões a respeito de sua arte. Junto com Roger Aron, foi um dos primeiros diretores surrealistas, com a proposta de contestar o teatro naturalista, principalmente o frances, que se mostrava muito retórico e paradigmatico. Artaud pregava o uso de elementos mágicos que hipnotizassem o espectador, sem que fosse necessária a utilização de diálogos. Antonin Artaud os personagens, e sim muita musica, danças, gritos, sombras, iluminação forte e expressão corporal, que comunicariam ao publico a mensagem, reproduzindo no palco os sonhos e os mistérios da alma humana. Artaud era incisivo ao abordar suas concepções teatrais: O teatro e igual a peste porque, como ela, e a manifestação, a exteriorização de um fundo de crueldade latente pelo qual se localizam num individuo ou numa população todas as maldosas possibilidades da alma. Assim, surgiu o nome de sua teoria, o Teatro da Crueldade, que sofreu grande influencia do teatro oriental, principalmente o balinês. Em seu livro O Teatro e Seu Duplo, o teatrólogo reafirma seu descontentamento com o teatro europeu, denunciando a perda do caráter primitivo do teatro como cerimônia, avaliando o teatro oriental como original, ressaltando que esse manteve seu aspecto cultural milenar, sem interferência, constituído pelos temas religiosos e místicos, numa confraria que propõe principalmente saudar o desconhecido e constituir um universo ingênuo que não busque a explicação e a psicologia, como no teatro ocidental, e sim uma perspectiva pessoal a respeito do mundo. O que incomodava fortemente o teatrólogo era a exposição da arte relativa à comercialização, onde os atores e os diretores seguiam fielmente um texto a fim de conseguir uma perfeita equação, que segundo Artaud era antipoetico e um teatro de invertidos comerciantes. Artaud criticava abertamente a expressão corporal subordinada ao texto, pois achava ser inútil os músculos se movimentarem em detrimento da emoção superficial, de maneira sistemática, como mascaras gregas, procurando fazer o mais fácil, que e imitar, reproduzir sem maiores resoluções o tema abordado e sua subjetividade sem buscar um aprofundamento maior. Tudo em prol do superficial, do rápido, do fácil e do lucrativo. Hoje reconhecido como um profeta do teatro, Artaud deflagrou a Indústria Cultural no teatro, alem de questionar o teatro discursivo. Porem, esse reconhecimento só veio apos a sua morte. Em vida, Artaud nao conseguiu por em pratica grande parte de suas teorias, pretensiosas demais para a época e muito paradoxal. Porem, como ensaio serviu para dar outro panorama a arte dramática, permitindo assim que se abrisse um paralelo, uma porta que serve como alternativa, como ritual de confrontação para as técnicas clássicas, que mantinham normas milenares sem nenhuma contestação. Artaud como um dos percursores do Surrealismo, pode inserir esse gênero na arte dramática, alem de sugerir maior inovação e arrojo nas obras de arte, seja ela pintura, arquitetura, dança, composição, musica, etc. Antes mesmo da segunda guerra o mundo estava muito dividido em relação ao comunismo e, por outro lado, a sombra do fascismo pairava sobre a Europa. A Escola de Frankfurt, que tinha em Walter Benjamin (1892 1940), seu principal e mais radical teórico, foi responsável por combater a chamada Indústria Cultural, buscando impor antes, durante e depois da Segunda Guerra, as suas teorias marxistas, tendo como objeto de estudo a arte de países capitalistas, que e encarada como produto. Alem de Benjamin, outros três grandes teóricos se destacaram: Max Horkheimer (1895 1973), Theodor Adorno (1903 1969) e Jrge Habermans (1929 - ), que elaboraram, primeiramente durante a crise alemã, indigestas teorias a respeito da manipulação da comunicação na Europa, principalmente na Alemanha, onde o nazismo conquistava cada vez mais votos contra os comunistas. Os quatro foram caçados pela Gestapo (policia alemã), o que culminou no suicídio de Walter Benjamin em 1940. Por ser da mesma época e viver os mesmos ares de uma Europa em crise, Artaud com certeza sofreu grandes influencias da Escola de Frankfurt, de forma que algumas de suas teorias se aproximam bastante ao que propôs Benjamin. Esse teórico era contra a utilização desenfreada da arte em prol da capitalização, o que, segundo ele, desgastava a importância da obra. Adorno, apesar de também criticar, buscou ver o lado positivo da comercialização da arte, alegando que a divulgação estreita os laços da obra artística com a sociedade. Porem Adorno rechaça a utilização da obra como um bem particular, afirmando que tal prestigio impede que toda a sociedade manifeste interesse por uma obra. Hockheimer concorda e alega que as diferenças sociais impedem que o publico se aproxime de uma obra original e sim de copias e criações voltadas para o faturamento de riquezas, transformando a cultura em um bom produto para venda, manipuladas pelo marketing, subordinado a moda vigente, com uma demanda limitada do publico mais rico. Segundo manifesto do teatro da crueldade, de Antonin Artaud "Admitido ou não admitido, consciente ou inconsciente, o estado poético, um estado transcendente de vida, no fundo é aquilo que o público procura através do amor, do crime, das drogas, da guerra ou da insurreio. O Teatro da Crueldade foi criado para devolver ao teatro a noção de uma vida apaixonada e convulsa; e neste sentido de rigor violento, de condensão extrema dos elementos cínicos, que se deve entender a crueldade sobre a qual ele pretende se apoiar. Esta crueldade, tem que ser, quando necessária, sangrenta.O Teatro da Crueldade escolhe assuntos e temas que correspondam a agitação e inquietude característica de nossa época.
Assinar:
Postagens (Atom)